Scheilla, de santa católica a enfermeira alemã
As vivências do espírito que hoje guia a colônia Alvorada Nova
A colônia espiritual Alvorada Nova é dirigida em conjunto por Scheilla e Cairbar Schutel, um dos grandes expoentes do Espiritismo no Brasil, que viveu entre 1868 e 1938 e dedicou a maior parte da vida à divulgação da doutrina. Depois de desencarnar em 30 de janeiro de 1938, às 16h15m, na cidade de Matão (SP), vítima de um aneurisma cerebral, Cairbar Schutel se comunicou por meio do médium Urbano de Assis Xavier e sugeriu a seguinte frase para a lápide de seu túmulo: “Vivi, vivo e viverei porque sou imortal”.
A respeito de Scheilla, a desvelada enfermeira alemã que desencarnou durante o atendimento a feridos da Primeira Guerra, Cairbar Schutel se manifestou, em uma mensagem psicografada: “Sheilla é, para mim, um verdadeiro exemplo de fé, de perseverança, de humildade e, sobretudo, de muito amor. Quem dera pudéssemos todos nós ter uma pequenina parcela de seu infinito desejo de amar!... Sheilla vivencia o amor em sua plenitude, fazendo da cura a sua verdadeira face. Ama e trabalha diuturnamente pelo próximo. Outra não foi a recomendação de Jesus quando esteve entre nós! Outra não é a recomendação dos Espíritos que orientaram Allan Kardec na obra de Codificação!”.
Acredita-se que Scheilla tenha vivido no século XVI, como a francesa Joana Francisca Frémiot, que mais tarde se tornaria baronesa de Chantal. Dedicada a obras de caridade e aos quatro filhos, ela acabou abraçando a vida religiosa depois da morte do marido. Ao lado do bispo de Genebra, Francisco de Salles, fundou em 1604 a Congregação da Visitação de Maria. Faleceu em 13 de dezembro de 1641, depois de criar 87 mosteiros. Foi canonizada pelo papa Clemente XIII em 16 de julho de 1767, tornando-se Santa Joana de Chantal.
Jornal O Cidadão, Ano 12 - Edição 91 - Julho/Agosto de 2014